quinta-feira, 14 de junho de 2007

Trabalho de história -patrimonios Históricos de Montes Claros





































Catedral

Trabalho de Historia

MONTES CLAROS

Origens
Criação: 12/04/1707 - Fundação da Fazenda Montes Claros. 13/10/1831 Criação da Vila das Formigas. Emancipação: 03/07/1857 - Elevação da Vila das Formigas àcategoria de Cidade de Montes Claros.Município de Origem: Serro Frio

Localização
A cidade de Montes Claros situa-se na Bacia do Alto Médio São Francisco, ao Norte do Estado de Minas Gerais, estando integrado na área do Polígono da Seca, Região Mineira do Nordeste. O município é composto pelos seguintes distritos: Ermidinha, Miralta, Nova Esperança, São Pedro das Garças, Santa Rosa de Lima, Vila Nova de Minas, Aparecida do Mundo Novo e Panorâmica.

Aspectos Físicos
Posição da sede: Latitude: 16º 43' 41" Altitude: 43º 52'54" Área do Município: 4.135 Km2 Clima: Quente e Seco Temperatura Média Anual: 24,2 graus centígrados Média Máxima/Ano: 29,4 graus centígrados Média Mínima/Ano: 16,3 graus centígrados

Vegetação
Cerrado Caducifólio, Cerrado Subcaducifólio com ligeira ocorrência de Cerrado Caducifólio, Caatinga Hipogerófila; Capoeira (formação secundária arbustiva); Transição de Floresta Caducifólia para Caatinga e Cerrados.

Relevo
SerrasSerra Geral (situada a Leste no Sentido Norte-Sul) Serra dos Montes Claros Serra dos Fonseca Serra de Baixo Serra Velha Serra Mão Torta Serra Cordilheira Serra do Sapé Chapadas - Lagoinha e Mocotó Elevações Morro Vermelho Morro São João Morro Três Irmãos Morro do FradeMorro Redondo Morrinhos Morro Dois Irmãos (Símbolo da Cidade) Grutas Distância da Sede Lapa Grande 12 Kms Lapa da Guiné 14 Kms Lapa do Mereles 22 Kms Lapa da Claudina 22 Kms Lapa Pintada 12 Kms Lapa D'água 06 Kms Lapa da Lagoinha 06 Kms

Solo
Predominância de Cerrado e Campos com baixa fertilidade e Solos de Cultura com média e alta fertilidade.

Hidrografia
Bacia do Rio São Francisco, Rio Verde Grande, Rio Pacuí, Rio São Lamberto

População
Censo 1996 - IBGE Homens: 131.029 habitantes Mulheres: 140.295 habitantes Total: 271.324 habitantes Eleitorado: (Cartório Eleitoral - Set/97) 161.870 Eleitores

Atratitvos Naturais
Complexo da Lapa Grande - na Fazenda Lapa Grande: possui 61 grutas, com destaque para a Lapa Grande, com 3 Kms de extensão, estando entre as maiores do Estado de Minas Gerais; Lapa D'Água, com 600 metros de extensão; e Lapa Pintada, sendo as duas últimas de grande interesse arqueológico - Distância 12 Kms.

Patrimônio Histórico
Casarão da Fafil e casarões antigos do Centro Histórico de Montes Claros: com fachadas típicas do início do século; Igrejas Matriz Nossa Senhora e São José Catedral Nossa Senhora Aparecida Centro de Educação e Cultura "Dr. Hermes de Paula"
Festas Tradicionais: Festa Nacional do Pequi realiza-se geralmente no auge da safra do pequi (janeiro/fevereiro). O pequi é um fruto típico do cerrado norte-mineiro. Tem o objetivo de despertar a consciência ecológica para conservação dos cerrados. Consiste em oficinas de teatro, artes plásticas, dança, literatura, artesanato, cinema e shows musicais, com barraquinhas e pratos típicos preparados com o pequi.
Carnaval Temporão (Carnamontes) acontece sempre nas proximidades do feriado de 21 de abril; Festival de Quadrilhas e Forró de Norte de Minas acontece nos meses de junho e julho e conta com a participação de várias cidades da região. Consiste em concurso com participação de grupos de forró e quadrilhas, shows e barraquinhas com comidas e bebidas típicas; Aniversário de Montes Claros acontece no dia 3 de julho, com variada programação durante toda semana.
Exposição Agropecuária Regional começa no dia 03 de julho, coincidindo com o aniversário a cidade, reunindo mais de 300 mil visitantes, com exposição de gado bovino, bubalino, equino, nuar e das mais variadas raças. São realizados leilões e shows com artistas de renome nacional e internacional; Festas Folclóricas de Montes Claros acontecem no mês de agosto, com manifestações dos grupos de catopês, marujos e caboclinhos que cantam e dançam pelas ruas da cidade prestando homenagem à Nossa Senhora do Rosário, São Bentedito e Divino Espírito Santo.

Pontos Turísticos
Parque da Sapucaia reserva florestal com 302.000 m2, com áreas destinadas ao aeromodelismo e pistas para ultraleves e vôos de asa delta, prática de montanhismo, corridas rústicas e piqueniques, com teleférico; Parque Municipal Mílton Prates área verde com lagoa (pedalinhos), restaurante, play-ground, quadras de esportes, campo de futebol, pista de bicicross. Zoológico Municipal localiza-se junto ao Parque Municipal e possui animais das mais variadas espécies;

Mapa

Minas Gerais
Área: 586.624 quilômetros quadradosPopulação:15.941.900Capital: Belo HorizonteLocalização: Região SudestePrincipais MunicípiosBelo Horizonte, Contagem, Juiz de Fora, Uberlândia, Uberaba, Barbacena, Araguari, Conselheiro Lafaiete, Governador Valadares, Itajubá, Montes Claros, Ouro Preto, Patos de Minas, Poços de Caldas, São João del Rei, Teófilo Otoni, Três CoraçõesAtividades Econômicasagricultura (alho, marmelo, feijão, café em coco, mandioca, tomate, manga, abacaxi, abacate, batata-inglesa, fava, trigo, melão, pera, pêssego, arroz, algodão, cana-de-açúcar, milho, fumo, soja, frutas em geral), pecuária (bovinos, laticínios), indústria extrativa mineral (minério de ferro, calcário, manganês, mármore, fosfato, alumínio, algamatolito, dolomita, caulim, grafita, feldspato, nióbio, níquel, quartzo, quartzito, talco, zinco, ouro, prata e arsênio), extração de álcool da mandioca, indústrias automobilísticasGeografia Estado localizado no interior da Região Sudeste do território brasileiro. Belo Horizonte é a cidade mais populosa e a capital política e econômica do estado. Outras cidades têm merecido destaque no cenário econômico: Juiz de Fora e Uberlândia. Possui fronteiras interestaduais com São Paulo (ao sudoeste), Rio de Janeiro (ao sudeste), Espírito Santo (ao leste), Bahia (predominantemente ao norte, pequena fronteira ao noroeste) e Goiás (ao oeste) e Mato Grosso do Sul (pequena fronteira ao extremo oeste). Os principais rios que servem o estado são compreendidos pelas Bacias de São Francisco, do Paraná e Bacia do Leste. Entre os principais rios, estão: São Francisco, Pardo, Jequitinhonha, Paranaíba, Grande, Doce, Rio das Velhas, Prata, Araguari e Mucuri. Mais recentemente, o estado de Minas Gerais passou a destacar-se novamente em termos econômicos: o governo do estado tem optado pela facilitação tributária como incentivo para a instalação de novos pólos industriais: por exemplo, em Juiz de Fora, está programada a instalação de mais uma grande indústria automobilística para o estado. Outros setores de importância na indústria mineira são: alimentícios (derivados do leite e carne, sobretudo), siderurgia e metalurgia, mecânica e ainda o importante setor econômico da mineração. Por outro lado, Minas Gerais é o estado possuidor do maior rebanho bovino do país. A produção agrícola também parece desenvolver-se no estado de maneira global, oferecendo uma multiplicidade de produtos como o café, a cana-de-açúcar, tubérculos, frutíferos, feijão, milho etc. No entanto, o setor agrícola ainda permanece atrasado em relação às tecnologias mais modernas para o trabalho agrícola, desfavorecendo o aproveitamento do potencial da terra de Minas. O estado de Minas Gerais também é servido por uma razoável rede rodoviária e por ferrovias, que inclusive ligam o estado ao Rio de Janeiro, a São Paulo e à Bahia. O setor turístico em Minas Gerais explora as antigas cidades fundadas no grande período da mineração: cidades históricas mineiras como Ouro Preto, São João Del Rei e Congonhas do Campo atraem a atenção por suas edificações, igrejas e estátuas barrocas. Histórico O fator principal que acarretou no grande fluxo povoador nas Minas do período colonial foi a grande corrida do ouro, que era descoberto em algumas regiões do atual estado. Movimentos das Entradas e Bandeiras levaram à povoação efetiva do território mineiro. Minas Gerais foi palco de grandes conflitos a partir do período do esgotamento das minas de aluvião: a coroa portuguesa cobrava impostos altíssimos pela produção mineira. Havia muitos atrasos na coleta de impostos e a coroa decreta a "derrama" em 1789, decidindo resgatar forçadamente tais atrasos. O povo das cidades mineradoras impacienta-se com as péssimas condições enfrentadas e a arbitrariedade da coroa acabou deflagrando movimentos em sua contramão: a Inconfidência Mineira, planejada por intelectuais e membros da elite mineradora, aderia aos pensamentos liberais que então surgiam na Europa, inspirando-se também na Independência dos Estados Unidos para defender a independência brasileira. No entanto, a "devassa", tratando-se da repressão e caça aos inconfidentes, persegue todos os rebeldes, punindo a maioria com o exílio. Diferente foi a punição para Tiradentes, apontado como o líder da conjuração: Tiradentes foi esquartejado em teve seus membros dilacerados expostos ao público. A tradição mineira nas revoluções segui-se com sua união aos revolucionários liberais que reclamavam contra a subida dos conservadores ao poder, no período de D. Pedro II. Minas Gerais foi um estado pioneiro em muitos aspectos: além das lutas revolucionárias empreendidas na região, o estado foi palco da construção da primeira estrada de rodagem do país, a União e Indústria, inaugurada em 1861, segundo o ideal do Eng. Mariano Procópio; Minas também foi instalada a primeira usina hidrelétrica da América do Sul.








Arraial de Nossa Senhora da Conceição e São José de Formiga

Foram para o Sul , para o Oeste e por fim para o Noroeste , margeando e atravessando rios e "...uma serra mui grande que corta de norte para o meio dia e nela achamos rochas mui altas de pedra mármore ."Alcançaram, por fim, as "cachoeiras" do rio Verde e depois o rio São Francisco. Estavam na região de Montes Claros, mas não se estabeleceram no local.
A expedição Espinosa-Navarro, composta por doze homens determinados, talvez espanhóis e portugueses, foi a primeira a pisar as terras da vasta Região do Norte de Minas, habitada pelos índios Anaiós e Tapuias.
Antônio Gonçalves Figueira, que pertencia à Bandeira de Fernão Dias, acompanhou-a até as margens do rio Paraopeba, onde, com Matias Cardoso, abandonou o chefe, regressando para São Paulo,chegando lá dois anos depois.
Antônio Gonçalves Figueira é considerado, pelos nossos historiadores, o fundador de Montes Claros, pois a sua fazenda e núcleo inicial do povoado, onde se ergueu uma capelinha para a veneração da imagem de Nossa Senhora, ao redor da qual foram construídas as primeiras casa, para vaqueiros, agregados, companheiros do sertanista Miguel Domingos, negros fugidos e índios, narra Hermes Augusto de Paula.
Assim sendo, a cidade de Montes Claros, primitivamente Arraial de Formigas, não teve o seu núcleo inicial na primeira sede da fazenda.
O próspero Arraial de Formigas , depois Arraial de Nossa Senhora da Conceição e São José de Formigas, Vila de Montes Claros de Formigas e por fim Cidade de Montes Claros, iniciou-se, assim, em local diferente da sede de Antônio Gonçalves Figueira, em torno da capela erguida por José Lopes de Carvalho.
O Arraial de Formigas crescia graças às criações de gado, que atraíam comerciantes e o seu nome também crescia: Arraial de Nossa Senhora da Conceição e São José de Formigas.
O Arraial foi elevado à Vila pela Lei de 13 de outubro de 1831, recebendo o nome de Vila de Montes Claros de Formigas, constituindo-se o Município dos Termos e Capelas de Formigas, Bonfim e Contendas e das Freguesias do Rio das Velhas e Morrinhos. Houve eleição para formar a Câmara de Vereadores, tendo sido eleito Presidente o Coronel José Pinheiro Neves, primeiro Agente Executivo da Vila, cargo que tem hoje a designação de Prefeito .
No dia 16 de outubro do mesmo ano, isto é, três dias após a emancipação, a primeira Câmara Municipal tomou posse.
A 22 de julho de 1834 tomou posse o primeiro Juiz Municipal Dr. Jerônimo Máximo de Oliveira e Castro. Antes, em 1832, havia tomado posse o primeiro Promotor Público de Justiça, Joaquim dos Santos Pereira, depois substituído por Carlos Almeida Leite.
Em 1847, chega à Vila o primeiro médico formado por Faculdade de Medicina: o Dr. Carlos Versiani.
O crescimento da Vila foi lento, não obstante por ela passaram os comerciantes de gado com as boiadas e tropas de burros transportando mercadorias.

LOCALIZAÇÃO
Localizada no Coração do Brasil e do continente Sul-Americano, ao Norte do Estado de Minas Gerais, Montes Claros vem se despontando como um importante centro comercial e industrial.
Com aproximadamente 300.000 habitantes e uma economia diversificada, ocupa a quinta colocação no ranking das maiores cidades do estado e é considerado o elo de ligação entre os grandes centros de acordo com a sua localização geografica e do crescimento do sistema viário.
Classificada como segundo maior entrocamento do país, rica em possibilidades e novas alternativas de investimentos, Montes Claros é polo de desenvolvimento para a região mineira da Sudene, com influência até no Sul da Bahia, e oferece hoje inúmeras vantagens para novos e lucrativos empreendimentos, capaz de superar os atrativos verificados nas demais regiões do país.
Apresenta ótimas estruturas de mão-de-obra e infra-estrutura, com aproximadamente 100% de saneamento básico e energia elétrica, dispõe de uma das mais avançadas estruturas de telefonia: a Telemar, que se encontra em fase final de implantação do sistema de fibra óptica.


EVENTOS

Carnamontes-
O Carnamontes, idealizado pela atual administração, tornou-se atração turística nacional. Explosão de cores e alegria, é festa que movimenta centenas de milhares de turistas em três dias de folia, incrementando o setor hoteleiro, de bares e restaurantes, transporte de passageiros e outras atividades, gerando ocupação para milhares de pessoas e injetando dinheiro para a economia do município.-

Reinado-Reinado-Catopês
As Festas de Agosto revelam toda a riqueza do nosso folclore, passada de geração a geração, com plumas, roupagens, alegorias, histórias e lendas e um quê de misticismo ímpar. É manifestação que brota da alma do povo montesclarense, impregnada de forte beleza cênica. Acontecem no mês de agosto, com manifestações dos grupos de catopês, marujos e caboclinhos que cantam e dançam pelas ruas da cidade prestando homenagem à Nossa Senhora do Rosário, São Benedito e Divino Espírito Santo.

Festa Nacional do Pequi--
Realiza-se geralmente no auge da safra do pequi (janeiro/fevereiro). O pequi é um fruto típico do cerrado norte-mineiro. Tem o objetivo de despertar a consciência ecológica para a conservação dos cerrados. Consiste em oficinas de teatro, artes plásticas, dança, literatura, artesanato, cinema e shows musicais, com barraquinhas e pratos típicos preparados com o pequi

Exposição Agropecuária
A Exposição Agropecuária realizada no Parque de Exposição João Alencar Athayde, se confunde com a história de Montes Claros e é evento que também projeta a cidade para todo o Brasil. Se por um lado é oportunidade de negócios, é também momento de encontro e confraternização de montesclarenses espalhados por todo o país, e que se reúnem aqui para este grande evento.
É realizada anualmente no início de julho.

Festival Internacional do Folclore
O Festival Internacional do Folclore, apoiado pela Prefeitura, mistura as danças e cores de diversos países com o ritmo e a coreografia da nossa gente. O folclore de Montes Claros é rico e cheio de encantos, e aclamado em todos os países do mundo onde é exibido.
O ano de 1968 marcou a fundação do Grupo Folclórico Banzé, dentro do Conservatório Estadual de Música Lorenzo Fernandez, encorajados pelo dinamismo de D. Marina Lorenzo Fernandez Silva, e dos alunos do Curso de Folclore e História da Música, criamos um grupo místico de danças, que passou a se chamar "Bandinha da Zezé" e, posteriormente, por sugestão de um dos componentes, o Ricão, chegamos ao Banzé.
A primeira apresentação do Banzé foi em Abril de 1969, no Conservatório, com a presença da crítica de arte de Belo Horizonte, Maristela Tristão, professores e familiares.
Em 1995 o grupo esteve na Itália e Holanda. Nesta oportunidade o Banzé se apresentou em Latina (Sardenha), Quartu S. Helena, Sabaudia Della Collina e Região de Zoldo. Na Holanda se apresentou em Odom. Em 1997 participamos do Festival Internacional da Polônia, em Zielona Gora, onde, como sempre obteve sucesso absoluto.
Em 2000, o Banzé participou do Festival de Folclore do Canadá, nas cidades de Lachine e Cornwall e nos Estados Unidos, em Nova Iorque.
Atualmente o Grupo Folclórico Banzé tem uma parceria com a Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES, e tornou-se realmente uma escola, na qual os alunos de folclore continuam o trabalho, mostrando a riqueza e a beleza das danças de origem.
O Banzé também se apresentou por mais de 100 cidades e capitais em apresentações para diversas celebridades e eventos em todo o Brasil.

Histórico do Carmelo Maria Mãe da Igreja e Paulo VI Montes Claros – MG

Antecedentes - A primeira idéia de uma casa contemplativa no norte de Minas e mais precisamente em Montes Claros, surgiu no coração zeloso do Padre Henrique Munaiz Puig, jesuíta espanhol, radicado na cidade.

Sua idéia encontrou total acolhida da parte de Dom José Alves Trindade, Bispo diocesano.(Foi feito um pedido às Beneditinas de Belo Horizonte que recusaram alegando falta de vocações).

No ano de 1974, encontrou-se com uma carmelita, a Irmã Ana Letícia, e o Padre Henrique falou-lhe do seu desejo. Sugeriu-lhe a Irmã que escrevesse à sua Priora. A carta foi escrita. Foram feitas gestões junto a diversos Carmelos, sem resultado positivo. Após várias circunstâncias e acontecimentos que seria longo narrar, a Madre Teresa Margarida, Priora do Carmelo de Três Pontas entrou em contato com a Madre Maria Margarida, Priora do Carmelo de Belo Horizonte e ficou decidido que o Carmelo de Belo Horizonte assumiria a fundação com a contribuição de duas Irmãs do Carmelo de Três Pontas. A priora do Carmelo de Belo Horizonte, com mais duas Irmãs foram a Montes Claros tratar dos assuntos da fundação e escolher o local para o Carmelo Provisório.

Fundação - No dia 08 de setembro de 1977, após assistirem à Santa Missa celebrada pelo Capelão do Carmelo Frei João Bonten, ocd, que as acompanhou na viagem, as Irmãs fundadoras despediram-se"de suas co-irmãs do Carmelo de Nossa Senhora Aparecida, de Belo Horizonte, e empreenderam a viagem para Montes Claros, numa caravana de amigos, lotando vários carros e uma Kombi.

No mesmo dia, 08 de setembro de 1977, no Carmelo provisório, houve uma concelebração Eucarística com uns 20 sacerdotes, presidida por Sua Excia. Dom José Alves Trindade. Leu-se em seguida o rescrito da Santa Sé para a ereção do Mosteiro, datado de 03 de dezembro de 1976. Fechou-se a clausura e ficou oficialmente fundado o Carmelo, localizado na Casa Paroquial, gentilmente cedida pelo Vigário Padre João Machado. Tudo foi bem adaptado para o funcionamento do Carmelo que ficou sob a jurisdição do Bispo, tendo por patronos Maria Mãe da Igreja e Paulo VI.

A nova fundação devia observar além da Regra e Constituições, as recentes Declarações para as monjas Carmelitas Descalças, que foram aprovadas "ad experimentum" pela Santa Sé em março de 1977.

Conforme as Declarações, após três meses da fundação, no dia 07 de dezembro de 977, procedeu-se às eleições, sendo confirmadas nos respectivos cargos, a Priora, Madre Maria Angélica da Eucaristia (Belo Horizonte); 1ª Conselheira Irmã Marta Maria Verônica da Santa Face ( Três Pontas).2ª conselheira Irmã Ana Letícia do Coração de Jesus (Três Pontas); 3ª Conselheira Ir Maria do Carmo (Belo Horizonte); 4ªConselheira Ir Maria Flávia de São José (Belo Horizonte)

Integravam o grupo de fundadoras a Irmã Maria Aparecida do Menino Jesus (Belo Horizonte), a postulante Odete Jardim (Belo Horizonte) que se chamou Irmã Maria José de Jesus e pela postulante Rosita Gonçalves Araújo que começava o seu postulantado no mesmo dia da fundação e se chamou Irmã Maria Teresa Margarida do Sagrado Coração de Jesus.
Mosteiro - O Mosteiro localizou-se primeiramente no bairro Cintra, bastante simples, na rua Alagoas, 335. À antiga casa paroquial foram acrescentadas construções necessárias para a Capela, sacristia, portaria e outras dependências. Embora fosse pequena a casa, a clausura foi mantida desde o início.

As divisões das celas foram feitas com cortinas e biombos. Gozavam as monjas de um grande pomar com frondosas árvores que amenizava o intenso calor da região.

Capela bem simples em estilo rústico. Um grande toco de madeira servia de altar e o Sacrário também de madeira rústica.

No dia 19 de março de 1978 foi lançada a pedra fundamental do Carmelo definitivo.

O terreno de quinze mil metros, situado fora da cidade foi doado pelo Sr. Deraldo Rodrigues Caldeira. Com o trabalho das Irmãs, a contribuição do exterior e auxílios dos habitantes da cidade, liderados pelas senhoras amigas do " GRUPO LISIEUX" , no espaço de três anos, a construção ficou em condições de acolher as Irmãs.

Localiza-se numa estrada de chão, que mais tarde seria denominada avenida Atlântica, s/n, atualmente avenida Independência, nº 2578, bairro Carmelo.

No dia 14 de setembro de 1980 fez-se a solene transladação do Santissimo Sacramento, para o novo Mosteiro com a presença do Sr. Bispo Dom José Alves Trindade, nosso Capelão e demais sacerdotes.

Um ano depois, no dia 30 de outubro de 1981, a nossa Igreja Conventual já estando construída, foi solenemente inaugurada, com a celebração Eucarística concelebrada pelo nosso Bispo diocesano, Dom José Alves Trindade, o Bispo de Itaguaí, (RJ) Dom Vital de Wilderinck,oc e demais sacerdotes amigos.

Toda a construção é um estilo moderno, com linhas firmes e sóbrias, criação do arquiteto Dr. Giovanni Miari Brito. A assistência técnica foi feita pelo Dr. Luiz Antônio Medeiros Filho e Dr. Thales Teixeira.

Preside o altar do coro das Monjas uma imagem da Imaculada esculpida em madeira, de grande valor artístico e religioso. A imagem foi doada por um sacerdote amigo e é obra de um artista alemão do princípio de nosso século.

Na portaria do Mosteiro funciona uma pequena hospedaria destinada a acolher religiosos retirantes e os membros das famílias das Irmãs.

"A vocação das Carmelitas Descalças é essencialmente eclesial e apostólica. O apostolado a que Sta. Teresa quis se dedicassem suas filhas é puramente contemplativo e consiste na oração e na imolação com a Igreja e pela Igreja".

Querendo ajudar a seu Senhor e contribuir para o bem das almas, a Sta. Madre Teresa de Jesus expressou, com indubitável originalidade carismática, o valor da santidade evangélica e da oração, para a edificação e crescimento do Corpo de Cristo".

Por tudo isto e segundo as pegadas da Sta Teresa de Jesus, nossa fundadora, nós carmelitas do Carmelo de Montes Claros, vivendo hoje este ideal carmelitano-teresiano queremos ser esta presença orante viva na Igreja e na cidade de Montes Claros.

Sendo pessoas orantes e que consagramos nossas vidas a Deus no silêncio e solidão do claustro, contribuímos na edificação de uma sociedade mais justa e humana.

O Carmelo de Montes Claros ao longo destes 25 anos de sua existência aqui no norte de Minas tem sido, como testemunha grande número de pessoas, este sinal vivo da presença do Deus-amor que dá vida, paz e esperança ao nosso povo sofrido, mas transbordante de fé da nossa cidade e regiões vizinhas.

Realizando um grande desejo nosso, finalmente, no dia12 de dezembro de 2000, fez-se a consagração da Nossa Capela dedicada à Santíssima Trindade, no mesmo dia em que nossa Madre Maria Angélica da Eucaristia celebrava o seu Jubileu de ouro de entrada para o Carmelo.

Foi renovado o altar, a Palavra de Deus, feito de um metal dourado, seguindo a inspiração do artista: um grande lírio a sustentar a mesa da Palavra e a do Sacrifício Eucarístico.

Quando o nosso Carmelo fazia 17 anos, no desabrochar da nossa comunidade, foi nos pedido uma fundação; pedido que veio do Sr. Bispo Dom Jairo, Bispo do Senhor do Bonfim. E após tantas preparações, para lá partiram nossas queridas Irmãs, não sem dificuldades, mas felizes; lá estavam no Carmelo da Ressurreição e Santa Edith Stein. Em 1994 no dia 1º de janeiro fez-se a inauguração com a presença do Bispo Diocesano, o Provincial da Ordem Frei Pierino Orlandini e vários sacerdotes.O Bom Deus quando pede não se deixa vencer em generosidade.

Após 6 anos da fundação, eis que chega o pedido de outra fundação. Desta vez veio através do Bispo Dom Geraldo que a pedido de Dom Lara, Bispo de Itabira.Nos chega com tamanha surpresa que não esperávamos. A comunidade na época tinha 21 Irmãs e não pensávamos nem de longe em fundação, mas as Irmãs viram um desejo do Bom Deus nesse pedido, e logo surgiram as Irmãs da comunidade que se ofereceram para ir. Tudo é graça e dom do bom Deus. Deus seja louvado e bendito em todas as suas obras!

Há um princípio que rege toda a vida, monástica e religiosa: "ORA ET LABORA” -Reza e Trabalha. Sendo assim, além da vida contemplativa e orante o dia das carmelitas é preenchido também pelas horas de trabalho.

No silêncio das celas, ou nas oficinas, cada monja se'debruça sobre sua tarefa diária Seja confeccionando cartões, pinturas, seja fabricando as hóstias, matéria do sacrifício eucarístico, cada carmelita se sente unida à grande Hóstia e se imola com Cristo em favor da Igreja, da humanidade inteira, de cada irmão.

Como Jesus que veio "para servir e não ser servido", as monjas humildemente e generosamente se dedicam também no desempenho de todas as tarefas domésticas no mosteiro como: cozinhar, lavar, costurar, limpeza da casa, etc.

Anoitecendo, a carmelita sentindo-se solidária com o mundo inteiro e o mundo do trabalho, com os pobres que ganham o pão com o suor do seu rosto, oferece a Deus o cansaço, o esforço e a luta de mais um dia de trabalho, vívido e valorizado pela presença amorosa de Deus Pai.

Atualmente, nossa Comunidade se compõe de 10 monjas e de 5 noviças-professas. As candidatas se apresentam com freqüência. Fazemos um acompanhamento mais detido de todas elas, a fim de se ter elementos para um bom discernimento. O importante é descobrir a pérola da vocação carmelitana onde haja ambiente para ela ser devidamente valorizada: lá onde a vontade de Deus a quer.

Texto elaborado pelas monjas carmelitas de Montes Claros.

DADOS HISTÓRICOS DA
ARQUIDIOCESE DE MONTES CLAROS
No dia 29 de julho de 2001, foi oficialmente instalada a Província Eclesiástica de Montes Claros. A solenidade teve a presença do Núncio Apostólico, Dom Alfio Rapisarda, e vários arcebispos e bispos. Na oportunidade, Dom Geraldo Majela de Castro tomou posse como primeiro Arcebispo Metropolitano. A Missa especial de instalação aconteceu na Catedral Metropolitana (foto).
Mas antes deste fato histórico, a então Diocese de Montes Claros marcava o Norte de Minas em sua história sócio-político-econômica.
A Diocese de Montes Claros foi criada a 10 de dezembro de 1910 pela bula Postulat Sane, do Papa Pio X. Tinha então cerca de 104 mil quilômetros quadrados de extensão.

Do seu território saiu, em 1957, a Diocese de Januária, criada pela bula Laeto Auspicio, do Papa Pio XII. A Diocese de Montes Claros permaneceu ainda com 64 mil quilômetros quadrados de extensão.
No dia 05 de julho de 2000, o Papa João Paulo II, pela bula Majori bono Christifidelium, cria a Diocese de Janaúba, desmembrada das dioceses de Montes Claros e Januária.
Os municípios do território da Diocese de Montes Claros ficaram sendo: Berizal, Bocaiúva, Botumirim, Brasília de Minas, Campo Azul, Capitão Enéas, Claro dos Poções, Coração de Jesus, Cristália, Engenheiro Navarro, Francisco Dumont, Francisco Sá, Fruta de Leite, Glaucilândia, Grão Mogol, Guaraciama, Ibiaí, Itacambira, Japonvar, Jequitaí, Josenópolis, Juramento, Lagoa dos Patos, Lontra, Luislândia, Mirabela, Montes Claros, Novorizonte, Olhos D´Água, Padre Carvalho, Patis, Ponto Chique, Rubelita, Salinas, Santa Cruz, São João da Lagoa, São João do Pacuí, São João da Ponte, Taiobeiras e Ubaí. (Vide mapa a abaixo)
A Diocese de Montes Claros pertencia à Província Eclesiástica de Diamantina e ao Regional Leste II da CNBB.
Seus limites eram: ao Norte - Diocese de Janaúba; a Leste - Diocese de Araçuaí; a Sudeste - Diocese de Diamantina; a Sudoeste - Diocese de Januária. No dia 25 de abril de 2001, o Vaticano oficializou a criação da Província Eclesiástica de Montes Claros, integrada pelas dioceses de Montes Claros (elevada à sede metropolitana), Janaúba e Januária – todas até então pertencentes à Província Eclesiástica de Diamantina -, e Paracatu, pertencente à Província Eclesiástica de Brasília-DF. Agora, portanto, a Diocese de Montes Claros passou a ser Arquidiocese. Depois que foi elevada à condição de sede metropolitana, a Arquidiocese de Montes Claros passou a ter a seguinte forma geográfica:





segunda-feira, 11 de junho de 2007

Lugares Legais


























Começa amanhã (quarta, 20) e se estende até sexta-feira (22) o Segundo Fórum Sociocultural de Montes Claros, promovido pela Prefeitura. A intenção é dar continuidade às discussões e ao trabalho de comemoração continuada dos 150 anos de Montes Claros, que vão ser comemorados em julho de 2007.
Serão três dias de debates, seminários, mesas-redondas, exposições e discussões sobre cultura e desenvolvimento sociocultural do município. As inscrições já estão abertas na Secretaria Municipal de Cultura e toda a programação é gratuita. Entre os assuntos que estarão sendo debatidos durante o fórum está a Primeira Conferência Municipal de Cultura, que pretende discutir a criação da lei de incentivo do Fundo Municipal de Cultura e do Conselho Municipal de Cultura. Todas as atividades do encontro acontecem na sala Cândido Canela do Centro Cultural.































































Aspctos Geograficos de Montes Claros

VIII Semana da Educação

Educação e Inclusão em Debate: desafios da atualidade
A nova proposta da educação vem discutir um conjunto de pressupostos que só serão
efetivamente consolidados com a real participação dos profissionais da educação, dos estudantes, dos pais e toda comunidade.Nessa perspectiva sente-se a necessidade de promover a interação dos mais diversos segmentos da sociedade, buscando refletir sobre a qualidade na educação em suas diferentes modalidade de ensino, a prática docente, a interação professor/aluno, a valorização da diversidade humana. Essa interação dos segmentos, seria na forma de seminários, palestras, grupos de discussões, oficinas pedagógicas, apresentações artísticas da cultura local, divulgação de projetos educacionais, ou seja, uma troca de saberes com populações ribeirinhas, professores, gestores, especialistas e comunidade.A partir dessa perspectiva promovemos a VIII SEMANA DA EDUCAÇÃO, que acontecerá nos dias 31 de outubro, 01 e 02 de novembro de 2006, em Pirapora-MG.

Formato do artigo (envio até 18/10/06)Os autores deverão enviar o artigo, elaborado em Word, página tamanho A4, fonte Arial 12, espaçamento 1,5, com margem esquerda de 3 cm e demais margens com 2,5 cm; título centralizado em maiúsculo e negrito; nome completo do autor, nome da instituição e endereço eletrônico do(s) autor(es), maiúsculo e minúsculo, normal e centralizado; texto justificado. Deverá ter entre 10 e 15 páginas.O artigo deverá ser encaminhado para o endereço eletrônico secretariapirapora@yahoo.com.br até o dia 18/10/06.

Aspctos da Saúde de Montes Claros

CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE DE MONTES CLAROSO Conselho Municipal de Saúde de Montes Claros, foi criado em 16 de maio de 1991, tendo como instrumento de criação o decreto lei de n° 1.150 de 16 de maio de 1991. Se reúne toda 1ª quarta-feira do mês, na sala de reuniões da Secretaria Municipal de Saúde à Av. Sidney Chaves, 1279 - Edgar Pereira e é composto por 24 membros, cada um deles indicado por suas respectivas entidades através de ofício encaminhado à mesa diretora. O presidente do Conselho, de acordo com o Regimento Interno, é o Secretário Municipal de Saúde. Os segmentos e entidades com representação no CMS de Montes Claros são: Representação dos Usuários - 50% 3 representantes das Centrais Sindicais - CUT 1 representante do Movimento de Defesa dos Favelados 1 representante da Associação dos Deficientes Físicos 1 representante da Pastoral da Criança 1 representante da Pastoral da Saúde 1 representante da União das Associações de Moradores de Montes Claros 1 representante do Conselho da Criança e do Adolescente 1 representante do Conselho de Defesa dos Direitos da Mulher 1 representante do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Montes Claros

Aspectos Econômicos

Farmácia em Minas Quase 12 mil farmacêuticos, 8.333 farmácias e drogarias, 1.560 laboratórios, 52 indústrias, 65 cursos de graduação. Pelos números, pode-se ter uma idéia de como está estruturado o mercado farmacêutico em Minas Gerais. Limitar-se a eles, no entanto, é correr o risco de cair em uma análise superficial e insuficiente, diante da complexidade do mercado. Com o objetivo de traçar um panorama da profissão no Estado, a FARMÁCIA REVISTA convidou estudantes, farmacêuticos, professores e representantes das entidades ligadas à profissão para discutir temas como ensino, remuneração, perspectivas e reconhecimento profissional. O farmacêutico Geraldo Lúcio de Resende, de Três Corações, é um exemplo da tradição que acompanha o curso de Farmácia. Formado em 1962, ele conta que fez faculdade para assumir o negócio da família e, desde então, se dedica ao estabelecimento em tempo integral. Se no passado escolher esta profissão era sinônimo de “abrir uma farmácia”, hoje há várias outras opções. Muitos ainda optam por montar seu próprio negócio, como a farmacêutica Adriana Cenachi, que se formou em 1993. “Sempre tive vontade de ter uma farmácia aqui em Carangola. Fiz cursos de especialização em Homeopatia e Cosmetologia, e hoje passo o dia todo na farmácia”, conta. Outros, como o estudante Alesandro Marangon, investem na formação, fazem cursos no exterior e desejam atuar na área industrial, tecnológica, de cosméticos e pesquisa. Alesandro está atualmente na Alemanha, onde faz estágio na Across Barriers GmbH, indústria que desenvolve serviços e tecnologias nas áreas farmacêutica, química e de cosméticos. “É uma ótima oportunidade de experimentar a rotina de trabalho em uma indústria de grande porte e ganhar experiência. Acredito que estarei muito mais preparado para enfrentar o mercado de trabalho”, afirma. Mas o que Alessandro terá pela frente quando voltar ao Brasil? Mercado “O mercado está muito ruim. Sempre trabalhei na farmácia e deu tudo certo, mas agora... As vendas caíram, a concorrência é grande, tem farmácia que consegue vender medicamento a preço de custo. Eu não entendo”, desabafa o farmacêutico Geraldo Lúcio de Resende, de Três Corações, há 54 anos no mercado. Para Elias Bistene Filho, de Belo Horizonte, a situação do mercado é realmente complicada. Formado em 1973, já atuou em pesquisa, laboratório e hospital. Há 23 anos trabalha em dispensação, área que considera a mais gratificante e que mais contribui para solidificar a figura do farmacêutico como agente da saúde. No entanto, ele lembra que muitas farmácias atualmente estão nas mãos de leigos, que não entendem propriamente da área e estão interessados apenas no comércio. Minas Gerais possui hoje 2.870 farmácias e drogarias de propriedade de farmacêuticos, contra 4.003 que são de proprietários leigos. Segundo Geraldo Lúcio de Resende, a concorrência com as grandes redes é difícil, em função da quantidade de descontos e promoções. “Pela legislação, não há como impedir. A farmácia hoje, infelizmente, está mais voltada ao bom desempenho nas vendas”, lamenta. Para Ângela Caldas, vice-presidente do CRFMG, além do inerente aspecto comercial, as farmácias e drogarias precisam ser resgatadas como estabelecimentos de saúde. Outro fator que agrava a situação do mercado são os salários abaixo do piso, que atualmente é de R$ 2.029,00 para a jornada de 40 horas semanais. “O Sinfarmig tem conquistado, nos últimos anos, avanços expressivos, principalmente em relação aos salários. No entanto, os próprios profissionais desvalorizam a profissão quando aceitam trabalhar por valores menores que o estabelecido”, afirma Rilke Novato, presidente da entidade. Os farmacêuticos, por sua vez, alegam que muitas vezes é difícil recusar uma oferta de emprego, mesmo que não pague o piso inicial. “No sul de Minas Gerais, por exemplo, as oportunidades de emprego são limitadas, devido à grande quantidade de profissionais presentes nessa região, o mercado não comporta”, conta Rafael Moreira Reis, bioquímico do laboratório da Prefeitura do Município Três Pontas. Em contra partida, Ângela Vieira, conselheira Federal do CRFMG, acredita que o aumento do número do número de farmacêuticos contribui para o enriquecimento do mercado e gera uma seleção “natural” dos melhores profissionais. "A concorrência força os profissionais à buscar alternativas, investir em especializações e se manter atualizados. Consequentemente, a população recebe serviços de maior qualidade”, afirma. Ela lembra que o equilíbrio emocional e as relações interpessoais também contam pontos na hora de conquistar espaço, e que a grande oferta de mão-de-obra qualificada, principalmente nas capitais, gera um processo benéfico de interiorização dos farmacêuticos. “Esse é outro aspecto positivo, já que em muitas cidades temos carência de profissionais”, ressalta. Oportunidades também se ampliamSe por um lado o mercado parece desanimador e saturado, por outro os próprios profissionais apontam saídas e oportunidades. Rafael Moreira chama a atenção para as ações realizadas em benefício da saúde pública, como a implementação da Farmácia Popular, e a atualização das leis referentes à profissão estabelecidas recentemente. “É um mercado que está em alta, devido às atenções governamentais. De qualquer forma, em âmbito geral acho que o mercado nunca foi ruim, ao se levar em conta as necessidades do país”, afirma. A farmacêutica Adriana Pereira, secretária geral do CRFMG, também vê boas perspectivas, apesar da difícil situação atual. “O mercado ainda não foi devidamente preenchido. A assistência farmacêutica e o sistema público de saúde são áreas em potencial”, acredita. Outro fator favorável levantado pela farmacêutica é a criação da portaria 698 pelo Ministério da Saúde, que devidamente implantada e regulamentada, irá liberar recursos para os municípios investirem na contratação de farmacêuticos.

Aspctos Históricos De Montes Claros

A Editora Unimontes vai reeditar 12 livros sobre a história de Montes Claros. O objetivo do trabalho inédito é resgatar a memória da cidade e oferecer melhores condições de acesso à pesquisa para alunos dos ensinos médio e fundamental. A iniciativa compõe as ações desenvolvidas para a comemoração dos 150 anos do município, envolvendo a participação de diversas instituições e entidades, entre as quais a Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). A reedição das obras foi proposta pela professora Marta Verônica Vasconcelos Leite, do Departamento de História (vinculado ao Centro de Ciências Humanas da Unimontes), e seu projeto foi aprovado pela Fundação Nestlé Brasil. Os doze títulos selecionados, de autores como Hermes Augusto de Paula, Cândido Canela, Nelson Vianna, Urbino Vianna e Simeão Ribeiro Pires, entre outros, serão digitalizados. A reedição vai receber novas capas com fotos de prédios históricos, como o Palácio Episcopal, o Mercado Antigo, a primeira casa da cidade e os casarões da Praça Doutor Chaves (da Matriz). Serão produzidos 300 exemplares de cada livro e a coleção será reunida em caixa personalizada para distribuição às escolas públicas (municipais e estaduais), bibliotecas central e setoriais da Unimontes, Academia Montesclarense de Letras e Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros (IHG). A iniciativa tem parceria com a prefeitura, por meio das secretarias de Cultura e de Educação - e financiamento da Fundação Nestlé Brasil. As 100 primeiras caixas serão entregues, ao final de junho, durante evento inserido nas comemorações dos 150 anos de Montes Claros. As demais serão repassadas em julho (100) e agosto (100). “No segundo semestre deste ano, a Secretaria de Educação vai desenvolver projeto didático específico sobre a coleção, para que os alunos entendam o desenho histórico do município de Montes Claros", explica a professora Marta Verônica. Livros selecionados As obras que formam a coleção do ‘Projeto Sesquicentenário’ são as seguintes: “Montes Claros: Sua História, Sua Gente, Seus Costumes”, de Hermes Augusto de Paula (será dividido em três volumes); “Efemérides”, de Nelson Vianna (dividido em dois volumes); “Foiceiros e Vaqueiros”, de Nelson Vianna; “Rebenta Boi”, de Cândido Canela; “Janelas do Sobrado”, de João Valle Maurício; “Menina do Sobrado”, Cyro dos Anjos; “Montes Claros era Assim”, de Ruth Tupynambá Graça; “Serões Montesclarenses”, de Nelson Vianna. E ainda: “Montes Claros Primitiva”, de Dário Cotrim; “Nelson, o Personagem”, de Haroldo Lívio; “Monografia Histórica, Geográfica e Descriptiva de Montes Claros”, Urbino Vianna; “Quarenta Anos de Sertão”, de Mauro Moreira; e “Raízes de Minas”, Simeão Ribeiro Pires.